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Haddad: Brasil pode crescer acima de 2,5% com agenda propositiva, sem desequilíbrio
A economia brasileira tem seu crescimento represado desde 2015 e não há motivos para não mirar uma taxa de crescimento parecida com a economia mundial a partir de agora, avaliou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
“Temos um conjunto de projetos de investimentos represados há muito tempo, com altas taxas de retorno, oportunidades à vista de todos. Temos o interesse internacional, que vem atrás de vantagens competitivas que têm a ver com nossa matriz produtiva e energética, em particular”, disse Haddad, que participou de um evento do Itaú Unibanco na manhã desta segunda-feira.
“Não tem por que não mirar taxa de crescimento no mínimo igual à média mundial. Penso que o Brasil pode, continuando uma agenda propositiva, mirar uma taxa média acima de 2,5% sem nenhum risco de desequilíbrios importantes.”
Questionado sobre a sustentabilidade do arcabouço fiscal, tema que segue no centro da preocupação dos analistas, o ministro elencou mudanças que devem ajudar na tarefa, como a maior sensibilidade do Judiciário às consequências econômicas de suas decisões, a ampliação da abrangência da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que passou a ser aplicada também a decisões do Legislativo, e as negociações para trazer a dinâmica das emendas parlamentares para dentro dos limites do arcabouço.
“Vejo dúvidas que o mercado tem, que do meu ponto de vista são justificáveis. Fica difícil enxergar como a soma das partes cabe dentro do todo. Esse assunto está presidindo nossas discussões este ano e queremos endereçar essa questão”, disse Haddad.
Ele acrescentou ainda que o crescimento maior da economia deve ajudar nesse sentido e citou que, mesmo diante desse fato e de uma série de crises neste ano como a seca prolongada e as enchentes no Rio Grande do Sul, o país ainda discute se a inflação terminará 2024 dentro da meta.
*Com informações do Valor Econômico
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